No último fim de semana de julho, o Porto Blues Fest regressa aos Jardins do Palácio de Cristal para seis concertos em duas noites. 

To have the blues é uma expressão idiomática inglesa que, resumidamente, significa “estar triste”. Um sentimento que a comunidade afro-americana do sul dos Estados Unidos transformou em canção, ainda no século XIX, para evocar amores não correspondidos e a dureza do trabalho nos campos de algodão. O gênero popularizou-se dentro e fora do país, misturou-se com outros estilos e gerou amantes em diferentes latitudes. Desde 2017 que a Concha Acústica dos Jardins do Palácio de Cristal recebem um evento veranil que celebra essa diversidade: o Porto Blues Fest. 

São seis os concertos desta sétima edição. A 26 de julho, sexta-feira, atuam Little Orange & Mr Shuffle, dupla experiente no panorama blues nacional, Wax & Boogie, banda de boogie woogie hispano-argentina, e ainda Justina Lee Brown, nigeriana que combina sons afro, funk, soul e blues. 

Sábado, dia 27, começa também com portugueses, os festivos The Dixie Boys e o seu rockabilly dos anos 50, seguidos de dois premiados guitarristas, o irlandês Dom Martin e o estado-unidense King Solomon Hicks (que tocou com gigantes como Buddy Guy, Tony Bennett, Jeff Beck ou Ringo Starr). 

Em paralelo, o Porto Blues Fest oferece concertos na Estação de Metro da Trindade e no Mercado do Bolhão, oficinas com alguns dos músicos do cartaz e ainda dois prémios para estudantes da Academia de Guitarra do Porto.  

Os bilhetes diários para o festival custam 25 euros, o passe geral 35. Encontram mais detalhes na sua página oficial.  

Texto: Francisco Ferreira
Fotos: João Queirós