O DDD também se faz nas ruas do Porto, Matosinhos e Gaia. Ao longo das duas semanas de festival serão seis os momentos gratuitos, coprogramados pelo balleteatro, em que a dança irá invadir praças, jardins, parques e ruas.
Na sexta-feira, 25 de abril, Joana Couto & Leo Calvino levam “Budô”, uma peça de 30 minutos, à Praça Guilherme Pinto, em Matosinhos.
Devido ao seu duplo significado, “budô”, de origem japonesa, pode ser interpretado, simultaneamente, como o caminho marcial e o caminho da dança. A dupla pretende evidenciar, através do movimento, a conexão destas duas formas de estar.
No dia seguinte, sábado, dia 26, o Mercado do Bolhão irá parar para assistir a “Echoes of the Void”, de Helder Seabra, uma meditação de 30 minutos sobre a transformação, convidando à reflexão sobre o que nos interliga e onde o silêncio fala, a quietude se move e os ecos permanecem depois do gesto.
No domingo, dia 27, no Parque da Lavandeira, em Gaia, será a vez de Elizabete Francisca apresentar as bestas, as luas, que parte no verso “eu não obedeço, porque sou molhada”, da canção “Banho”, interpretada por Elza Soares, onde a artista defende o corpo como arma política, o último reduto de qualquer experiência.
Na segunda semana de festival, Ordem do O apresenta “ARBOREUS”, de Pedro Ramos, na sexta-feira, 2 de maio, no Parque das Águas, no Porto.
Um trabalho de uma hora que parte da árvore enquanto um modelo espiritual, um mapa de transformações e memória de origem.
Sábado, dia 3, é dia de “P_Z_L_S”, de Max Oliveira — nome já conhecido do programa em espaço público — no Parque da Pasteleira.
Uma peça de 25 minutos onde a dança e a música se fundem com a expressividade das danças urbanas e com a riqueza da música tradicional portuguesa e os ritmos pulsantes do breakbeat.
Um jogo criativo de encaixes e possibilidades, que desafia o público a completar o seu próprio puzzle, descobrindo os espaços de harmonia e colisão entre culturas, estilos e sonoridades.
O programa termina no domingo, dia 4, com “Encontros instáveis”, de Elisa Miravalles, no Bairro de São Victor. Encontros instáveis coloca em diálogo o movimento corporal com objetos no espaço arquitetónico, utilizando uma linguagem plástica cénica.
A ação está especificamente concebida para o espaço situado na Rua Sra. das Dores, no Porto, onde se situa um complexo habitacional projetado por Álvaro Siza.
Todas estas performances são de entrada livre. A programação está disponível em www.festivalddd.com.