07/06/2022

A época dos grandes festivais de música abre com expectativa redobrada no Parque da Cidade do Porto a 9, 10 e 11 de junho, após dois adiamentos causados pela pandemia.  


Nick Cave and the Bad Seeds, Tame Impala, Beck, Pavement, Gorillaz e Interpol são os cabeças de cartaz do aguardado Nos Primavera Sound 2022, que entre esta quinta-feira e sábado traz ao Porto mais de 60 concertos. Com estes pesos-pesados do indie-rock, o festival volta à linha das primeiras edições, mas haverá sons de todas as “estações” para ouvir no Parque da Cidade. 


Um alinhamento eclético continua a ser marca da casa. Esta nona edição tem novamente uma forte presença de rap e hip-hop, com o porto-riquenho Jhay Cortez, o norte-americano Earl Sweatshirt ou a nova estrela britânica Little Simz, tem nomes do pop feminino como Sky Ferreira, Caroline Polachek, Amaia, Rina Sawayama e Bad Gyal, tem o soul de Jamila Woods, o funk de Khruangbin ou o house de Black Coffee


Tem fenómenos recentes como King Krule ou calejados como Kim Gordon, dos Sonic Youth. Tem a irreverência do cantor e ativista brasileiro Pabllo Vittar, a fusão enérgica de rock e flamenco dos Derby Motoreta’s Burrito Kachimba ou os ambientes poéticos de Helado Negro.  


Tem, como é habitual, representantes nacionais de vários géneros, como DJ Firmeza, Pedro Mafama, Montanhas Azuis, Chico da Tina, Rita Vian ou David Bruno


E tem, claro, o rock distorcido do trio Shellac, que depois de atuarem nas oito edições anteriores são já “prata da casa”. 



Bilhetes quase, quase esgotados 


Os passes-gerais que dão acesso aos três dias do Primavera Sound foram todos vendidos. As entradas para quinta-feira e sábado também já esgotaram e as de sexta-feira vão no mesmo caminho. Apesar de esta edição ter sido adiada em 2020 e 2021, devido à pandemia, menos de oito por cento das pessoas que tinham comprado bilhetes pediram reembolso, o que demonstra a enorme expectativa associada a este regresso. O cartaz foi sendo adaptado a cada adiamento, mas cerca de 80% das bandas do cartaz original mantêm-se. 


No site do festival encontram detalhes sobre as bandas, os horários das atuações e outras informações. E no Spotify encontram listas de reprodução com centenas de músicas que, provavelmente, poderão escutar nos cinco palcos instalados no Parque da Cidade do Porto.  

 


Recomendação do uso de transportes públicos 


A Pic-Nic Produções, organizadora do festival, e a Câmara do Porto, voltam a incentivar o público a deslocar-se até ao local em transportes públicos. Além das várias linhas de autocarros da STCP que habitualmente param nas imediações da entrada – uma vez mais do lado do Queimódromo –, haverá também uma ligação direta especial entre a Praça da Cidade do Salvador (mais conhecida por “Rotunda da Anémona”) e os Aliados, a funcionar das 01h00 às 07h00.  


Quem preferir ir de metro, deverá usar a Linha Azul e sair na estação de Matosinhos Sul. A circulação será reforçada nos três dias, entre as 06h00 e a 01h00. 


Como aconteceu nos anteriores, haverá também um parque para bicicletas na entrada do festival. 


As portas do recinto abrem sempre às 16h00 e encerram às 02h00. No interior, além dos diferentes palcos, encontrarão um espaço de restauração, que inclui várias ofertas de petiscos tradicionais do Porto, e um mercado com 18 marcas de áreas como moda, artesanato urbano e tatuagens. 



Na última edição, em 2019, um total de 75 mil pessoas passaram pelo Nos Primavera Sound para ver artistas como Solange, Interpol, J Balvin, James Blake, Rosalía ou Erykah Badu. O festival teve um impacto económico de 18,5 milhões de euros no Porto, segundo estimaram investigadores do ISAG - European Business School. As contas revelaram que cada festivaleiro gastou no recinto uma média de 104 euros e os que residiam fora da Área Metropolitana do Porto despenderam na cidade, em média, 563 euros.  


Texto: Francisco Ferreira

Fotos: Ágora Porto

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