06/02/2025

Quinzenalmente, aos domingos, o Batalha Centro de Cinema abre portas aos cinéfilos madrugadores para as Matinés do Cineclube, um programa de sessões, às 11h15, programado pelo Cineclube do Porto.

 

Entre fevereiro e abril, o programa revisita ciclos históricos do cineclube — dedicados ao cinema espanhol, ao papel da mulher no cinema e à animação pioneira de Joy Batchelor e John Halas — culminando com as comemorações do 80.º aniversário daquele que é o mais antigo cineclube português ainda no ativo.

 

O programa de fevereiro recupera o ciclo dedicado ao cinema espanhol que o Cineclube do Porto apresentou em 1958, destacando Luis García Berlanga, um dos nomes que contornou a censura do regime franquista com um cinema crítico e irreverente, através da exibição de “¡Bienvenido, Mister Marshall!”, a 9 de fevereiro.

 

 

Na altura em que o ciclo foi apresentado, ficou de fora do programa Margarita Alexandre, uma das primeiras realizadoras no cinema espanhol, cuja obra é agora representada através de “La Gata” (1956), exibido no dia 23 de fevereiro.

 

Em março, a proposta passa por revisitar “A Mulher no Cinema”, um ciclo exibido em 1962 que procurava analisar a representação feminina no cinema de Hollywood — mas que incluía apenas filmes realizados por homens.

 

 

Entre os filmes então exibidos estava “The Goddess” (1958), que volta a ser apresentado a 16 de março. A esse olhar masculino sobre a mulher no cinema, junta-se, a 30 de março, “The Bigamist” (1953), de Ida Lupino, um filme que desafia as convenções da família tradicional e questiona os valores morais vigentes nos Estados Unidos da década de 1950.

 

 

Em abril, as sessões assumem um caráter comemorativo, refletindo sobre o impacto do cinema na forma como entendemos a sociedade e a sua evolução.

 

A 13 de abril, na sessão especial do 80.º aniversário do Cineclube do Porto, o destaque vai para Stanley Kubrick e “Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb”, uma sátira mordaz à paranoia nuclear.

 

 

Segue-se, a 27 de abril, “Animal Farm” (1954), uma adaptação da fábula política de George Orwell, realizada pelos pioneiros da animação britânica Joy Batchelor e John Halas — dupla a quem o Cineclube do Porto dedicou um foco em 1966.

Ver também
Notícias